Por Prof. Dr. Paulo Augusto de Arruda Mello.
O Glaucoma é uma doença ocular causada pela lesão progressiva das fibras do nervo óptico, que reduz o campo visual e tem como fator de risco principal a pressão intraocular elevada. Entre os tipos de Glaucoma, o mais frequente é o Glaucoma Crônico de Ângulo Aberto, uma doença assintomática em sua estágios iniciais, que no entanto pode evoluir e levar à cegueira total.
Um indivíduo pode viver durante anos com a pressão intraocular elevada sem notar qualquer sinal do glaucoma, até o momento em que começa a enxergar as coisas como se olhasse através de um túnel. Nesse estágio, seu campo visual já se apresenta muito comprometido e a perda é irreversível. Por esse motivo, é altamente recomendável – em especial à população com mais de 40 anos ou antes em indivíduos com histórico familiar da doença – fazer exames oftalmológicos de rotina para prevenir ou mesmo detectar e tratar precocemente a doença.
O tratamento tradicional e mais comum para o Glaucoma é o uso de colírios. Há casos em que é necessária o procedimento cirúrgico que resulta na diminuição da pressão intraocular. Neste casos nós não prevenimos a chegada do Glaucoma, mas podemos prevenir a cegueira que ele pode causar.
O Glaucoma de Ângulo Fechado é caracterizado por um aumento súbito da pressão intraocular. É comum aos indivíduos com a doença enxergarem um halo ao redor de pontos luminosos.
O Glaucoma de Ângulo Fechado causa dor e reduz a acuidade visual. Em um curto período de tempo, pode levar à perda total da visão, de forma irreversível. É, portanto, uma situação extrema, que requer socorro emergencial.
O Glaucoma Congênito é uma doença genética rara que atinge os recém-nascidos. Eles apresentam globos oculares aumentados e córneas embaçadas. O tratamento é sempre cirúrgico nesses casos.
O Glaucoma Secundário é decorrente de complicações em cirurgias oculares, catarata avançada, lesões oculares, uveítes, diabetes ou uso de corticoides.