A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou recentemente uma nova indicação para Lucentis (ranibizumabe) para tratar pacientes com comprometimento visual devido à neovascularização de coróide (NVC) secundária a outras causas além da degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e a neovascularização miópica.
A neovascularização de coróide (NVC) é uma doença caracterizada pelo crescimento de vasos sanguíneos anormais abaixo da retina, que costumam sangrar e é uma das principais causas de perda de visão em adultos.
A NVC comumente está associada à degeneração macular relacionada à idade (DMRI) e degeneração miópica, porém, mais raramente, pode ocorrer em outras condições, como: uveíte, coriorretinopatia serosa central, traumatismos e distrofias. Geralmente ocorre em adultos jovens e de meia idade.
Os sintomas mais comuns são perda gradativa da visão, percepção de manchas pretas e distorção da imagem (as linhas retas se tornam distorcidas, tortas). Mas, no início, pode ser quase imperceptível.
O diagnóstico é revelado pelo exame oftalmológico com oftalmoscopia indireta e biomicroscopia de fundo de olho. Os oftalmologistas costumam pedir alguns exames, como a tomografia de coerência óptica –OCT- (exame para o acompanhamento antes e após o tratamento das lesões neovasculares). Quanto mais precocemente a detecção da doença, maiores as chances de recuperação visual.
O tratamento ocorre por meio de injeções com drogas anti-angiogênicas, como o ranibizumabe, capaz de impedir o desenvolvimento dos neovasos e diminuir o extravasamento de substâncias3,4 (Imagem abaixo).
Seguindo um esquema de tratamento baseado na acuidade visual, achados à tomografia de coerência óptica e biomicroscopia de fundo de olho, o número de aplicações do ranibizumabe varia de paciente para paciente.
Pacientes x também conseguem se beneficiar com uso de telelupas, lentes asféricas, prismáticas, focos de luz no papel e letras ampliadas para leitura.