Dengue, chikungunya e zika: cuidado com os olhos ao colocar repelente em spray

Por Regina Carvalho e Prof. Dr. Paulo Augusto de Arruda Mello.

Os 3 gêneros de mosquitos de importância médica são: Anopheles, Aedes aegypti e Culex. São encontrados no mundo inteiro e podem transmitir inúmeras e sérias doenças aos homens e animais domésticos.

O desenvolvimento do mosquito ocorre em quatro estágios, sendo os 3 primeiros aquáticos, isto é, dependem necessariamente da presença de água para ocorrer, por esse motivo as campanhas públicas intensificam o combate a água parada (pratinhos dos vasos de plantas, pneus, etc…).

As doenças mais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, são: Dengue, chikungunya , febre amarela e zika.

A febre Zika, tem sintomas parecidos com os da dengue: dores nas articulações, no corpo e de cabeça, febre, náuseas, diarreia e mal-estar. Como diferencial, ela também pode causar fotofobia, conjuntivite e erupções cutâneas pelo corpo.

Hábitos do mosquito Aedes aegypti

Aparece mais no período da manhã e do meio para o fim da tarde.

• Prefere ambientes quentes;
• Tem hábitos rasteiros, não ultrapassa 1,5 m de altura;
• Gosta de ficar escondido em cortinas, embaixo do sofá, armários e camas;
• Quando pica a nossa pele, normalmente não dói como a picada do pernilongo Culex, por exemplo. Isso porque o Aedes tem uma espécie de anestésico na saliva, que faz a gente não sentir a picada. Sentimos mais o mosquito pousar do que a picada;
• Aquele mosquito que voa alto, que pica a gente à noite, que fica zunindo no ouvido, normalmente não é o Aedes.

Medidas para evitar a proliferação do mosquito e reduzir o contato:

1. Uso de mosquiteiros com malha fina;
2. Uso de repelentes;
3. Uso de calça e camisa com manga comprida que cubram a maior parte do corpo;
4. Limpeza de quintais, praças e terrenos (manejo ambiental);
5. No caso da febre amarela, vacinação com pelo menos 10 dias de antecedência ao viajar para locais de risco;
6. Caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas. O mesmo vale para poços artesianos ou qualquer outro tipo de reservatório de água;
7. Vasilhas que servem para animais (gatos, cachorros) beber água não devem ficar mais do que um dia com a água sem trocar;
8. As piscinas devem ter tratamento de água com cloro (sempre na quantidade recomendada). Piscinas não utilizadas devem ser desativadas (retirar toda água) e permanecer sempre secas;
9. Garrafas ou outros recipientes semelhantes (latas, vasilhas, copos) devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo (fechado);
10. Não descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem fechada;
11. As bromélias costumam acumular água entre suas folhas. Para evitar a reprodução do mosquito, o ideal é regar esta planta com uma mistura de 1 litro de água e uma colher de água sanitária;
12. Educação da população para evitar a proliferação do mosquito.

Cuidado com os olhos, ao colocar repelente em spray.

Ao colocar o repelente em spray, evite as áreas dos olhos e lave bem as mãos após colocar o repelente. Se ao colocar o repelente, entrar nos olhos:

• Primeiro: vá até uma torneira e lave seus olhos em água corrente por 10 minutos sem parar;
• Após, use um colírio lubrificante.

Se mesmo após esses procedimentos, você sentir os olhos irritados, com sensação de areia, incomodando, procure seu oftalmologista.

OBSERVAÇÃO: Se possível substituir a água corrente por soro fisiológico, mas, deve ser aberto na hora e em quantidade suficiente para lavagem por 10 minutos. Não use água boricada.

Bibliografia:

1. G1, Edição do dia 11/12/2015. 11/12/2015 10h42 – Atualizado em 11/12/2015 11h54. Saiba quais repelentes realmente protegem contra o Aedes Aegypti.